Aqui está o rascunho do quarto artigo.
Este é um dos temas mais críticos para o seu público, pois a maioria dos contadores e revendedores de TI atende ou é composta por pequenas e médias empresas. A decisão de permanecer no Simples Nacional deixará de ser óbvia.
Título: Simples Nacional na Reforma Tributária: A Análise Estratégica
Subtítulo: O dilema do crédito de IBS/CBS versus a alíquota simplificada. Um guia técnico para contadores e consultores decidirem o futuro de seus clientes.
Para a maioria dos contadores e empresários de PMEs, a primeira pergunta sobre a Reforma Tributária é: "E o Simples Nacional?". A resposta é direta: o Simples Nacional (LC 123/2006) será mantido.
Contudo, essa manutenção vem com uma nova e complexa camada de análise estratégica. A forma como uma empresa do Simples se relacionará com clientes do Regime Normal (Lucro Real/Presumido) muda drasticamente. A escolha de permanecer no Simples deixará de ser uma decisão baseada apenas no faturamento anual (o teto de R$ 4,8 milhões) e passará a ser uma análise de cadeia produtiva.
Este artigo analisa pragmaticamente o que muda e qual será o novo papel do contador e do consultor nessa decisão.
O ponto nevrálgico da mudança é este: por padrão, empresas optantes pelo Simples Nacional pagam seus tributos de forma unificada (no DAS - Documento de Arrecadação do Simples Nacional) e não geram crédito de IBS/CBS para seus clientes.
Impacto Pragmático (B2B vs. B2C):
Seu cliente é B2C (Consumidor Final): Se um revendedor de TI vende majoritariamente para pessoas físicas (ex: manutenção de computadores pessoais), o Simples Nacional continuará sendo, quase sempre, a opção mais vantajosa. O consumidor final não toma crédito, logo, a regra não o afeta.
Seu cliente é B2B (Outras Empresas): Aqui reside o problema estratégico.
Vamos a um exemplo:
Uma consultoria de gestão (Regime Normal) precisa comprar R$ 100.000 em notebooks para seus consultores. Ela tem duas propostas:
Fornecedor A (Regime Normal): Vende por R$ 100.000 + R$ 25.000 de IBS/CBS (exemplo, 25%). A consultoria paga R$ 125.000, mas toma R$ 25.000 de crédito. O custo real é R$ 100.000.
Fornecedor B (Simples Nacional): Vende pelos mesmos R$ 100.000 (com seu imposto embutido no DAS). A consultoria paga R$ 100.000, mas não toma crédito algum. O custo real é R$ 100.000.
Neste exemplo simplificado, o Fornecedor B (Simples) parece mais vantajoso. Mas, e se o Fornecedor A conseguir vender por R$ 90.000 + R$ 22.500 de IBS/CBS? O custo real para a consultoria seria R$ 90.000. O fornecedor do Simples se torna fiscalmente "caro" para clientes B2B que apuram pelo regime normal.
Para resolver o problema do B2B, a reforma criou um mecanismo opcional e complexo. A empresa do Simples Nacional terá duas escolhas a cada operação:
Opção 1 (Padrão): Pagar o imposto via DAS, sem gerar crédito para o cliente.
Opção 2 (Opcional): Optar por recolher o IBS/CBS "por fora" do DAS.
Ao escolher a Opção 2, a empresa do Simples:
Gera Crédito Cheio: Seu cliente (Regime Normal) poderá tomar 100% do crédito de IBS/CBS destacado na nota.
Toma Crédito na Entrada: A empresa do Simples também poderá tomar o crédito de IBS/CBS de suas próprias compras (ex: o hardware que ela comprou para revender).
Paga o IBS/CBS "Cheio": Ela pagará a alíquota cheia do IVA (ex: 25%) sobre essa venda específica, e não a alíquota reduzida do Simples.
O papel do contador e do consultor de gestão se torna vital. A análise de regime tributário sairá do automático e exigirá simulações complexas.
A pergunta-chave muda de "Quanto você fatura?" para "Quem é o seu principal cliente?".
Empresas com mix de clientes (B2B e B2C) terão a gestão mais complexa, precisando decidir a cada venda se irão ou não recolher o IVA por fora.
Revendedores de software e hardware focados 100% em clientes B2B (Regime Normal) terão que fazer uma simulação rigorosa: vale mais a pena ficar no Simples (pagando o IVA por fora) ou migrar de vez para o Regime Normal (aproveitando todos os créditos de forma plena)?
A resposta exigirá planilhas detalhadas, analisando o perfil de compras (créditos de entrada) e o perfil de vendas (créditos de saída) de cada cliente.
Entender a mecânica da reforma é o primeiro passo. O segundo é converter esse conhecimento em um plano de ação prático para sua empresa e seus clientes.
Para liderar essa discussão, convidamos você para o webinar "Guia Definitivo: Estratégias e Oportunidades na Reforma Tributária".
Este evento será ministrado por uma das maiores autoridades no assunto, o especialista tributário Izac Mendes, CEO e fundador do Grupo iMendes – a maior empresa de tecnologia tributária do país.
Data: 25 de Novembro
Horário: 09:30
Inscrição: Gratuita
Prepare-se para uma análise focada em planejamento, riscos e oportunidades que o novo cenário fiscal trará para o setor de TI e serviços contábeis.
[https://www.digisat.com.br/webinar-reforma] Garanta sua vaga gratuita agora.
Nenhum comentário para esta publicação
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a experiência de navegação. Ao continuar navegando, você concorda com nossa política de privacidade.
Oi, percebi que veio nos visitar. Deixa te explicar melhor nosso modelo de parceria?